A história da Quinta da Regaleira, começa em 1892, altura em que é adquirida por António Augusto Carvalho Monteiro. O Monteiro dos Milhões. Herdeiro de uma grande fortuna familiar, multiplicada no Brasil com o monopólio do comércio dos cafés e pedras preciosas, este homem tornou-se conhecido graças ao carácter, simultaneamente altruísta e excêntrico, que o levou a gastar uma verdadeira fortuna na realização desta fantasia.
Licenciado em Leis pela Universidade de Coimbra, Carvalho Monteiro tinha paixão pelos livros, a ópera, os instrumentos musicais, os relógios, as conchas, as borboletas e as antiguidades.
Tinha um sonho de construir um espaço, em que vivesse rodeado de todos os símbolos que espelhassem os seus interesses e as suas ideologias.
Esse espaço encontrou-o em Sintra, um local que Monteiro considerava representar a essência de Portugal.
Assim, decidiu comprar a Quinta da Regaleira (propriedade de uma família do Porto) por 25 contos de réis.
O arquitecto escolhido por Carvalho Monteiro para a concepção da Regaleira foi o italiano Luigi Manini, arquitecto, pintor e cenógrafo, Manini veio para Portugal em 1876 para trabalhar no Real Teatro de São Carlos. Tinha trabalhado no Scala de Milão e gozava de muito boa reputação no meio artístico. Mas não era só nas questões estéticas que Monteiro e Manini estavam de acordo, ambos partilhavam as mesmas filosofias e estas afinidades foram determinantes para o desenvolvimento do projecto de concepção da Quinta da Regaleira.
O início das obras deu-se em 1898 com a adaptação da Casa da Renascença seguiu-se a remodelação das cocheiras, depois a construção da capela e, finalmente, a edificação do palácio, as obras duraram até 1910.
Dos sonhos de Carvalho Monteiro com as artes de Manini, nasceu um edifício arquitectonicamente muito rico num misto de estilos e de grande originalidade.
Símbolos esotéricos relacionados com a alquimia e a maçonaria, revelando as ideias e convicções de Carvalho Monteiro.
O grande mentor da Regaleira era um homem conservador, monárquico e cristão gnóstico e, como tal, adepto de uma arte simbólica, com o objectivo de ressuscitar o passado.
Castelos em ruínas, florestas sem saída, mansões com alas desertas e corredores escuros, criptas ocultas e subterrâneos húmidos, passagens secretas e portas interditas através das quais se adivinha a presença dos espíritos, são os ingredientes essenciais do cenário gótico que tão bem representado está na Quinta da Regaleira.
Fica aqui a minha sugestão para o fim de semana, eu fui e adorei.
eu amei mesmo! o espaço é lindo e reconfortante! boa sugestão
ResponderEliminarBelo post dum sitio mágico!
ResponderEliminarBj
Saltinhos
ResponderEliminarAinda bem que gostaste, é um lugar maravilhoso.
bjs
Canela
Ainda bem que gostaste, é um lugar "mágico".
bjs