sexta-feira, 22 de maio de 2009

Quinta da Regaleira


A história da Quinta da Regaleira, começa em 1892, altura em que é adquirida por António Augusto Carvalho Monteiro. O Monteiro dos Milhões. Herdeiro de uma grande fortuna familiar, multiplicada no Brasil com o monopólio do comércio dos cafés e pedras preciosas, este homem tornou-se conhecido graças ao carácter, simultaneamente altruísta e excêntrico, que o levou a gastar uma verdadeira fortuna na realização desta fantasia.



Licenciado em Leis pela Universidade de Coimbra, Carvalho Monteiro tinha paixão pelos livros, a ópera, os instrumentos musicais, os relógios, as conchas, as borboletas e as antiguidades.

Tinha um sonho de construir um espaço, em que vivesse rodeado de todos os símbolos que espelhassem os seus interesses e as suas ideologias.

Esse espaço encontrou-o em Sintra, um local que Monteiro considerava representar a essência de Portugal.

Assim, decidiu comprar a Quinta da Regaleira (propriedade de uma família do Porto) por 25 contos de réis.



O arquitecto escolhido por Carvalho Monteiro para a concepção da Regaleira foi o italiano Luigi Manini, arquitecto, pintor e cenógrafo, Manini veio para Portugal em 1876 para trabalhar no Real Teatro de São Carlos. Tinha trabalhado no Scala de Milão e gozava de muito boa reputação no meio artístico. Mas não era só nas questões estéticas que Monteiro e Manini estavam de acordo, ambos partilhavam as mesmas filosofias e estas afinidades foram determinantes para o desenvolvimento do projecto de concepção da Quinta da Regaleira.



O início das obras deu-se em 1898 com a adaptação da Casa da Renascença seguiu-se a remodelação das cocheiras, depois a construção da capela e, finalmente, a edificação do palácio, as obras duraram até 1910.

Dos sonhos de Carvalho Monteiro com as artes de Manini, nasceu um edifício arquitectonicamente muito rico num misto de estilos e de grande originalidade.
Símbolos esotéricos relacionados com a alquimia e a maçonaria, revelando as ideias e convicções de Carvalho Monteiro.


O grande mentor da Regaleira era um homem conservador, monárquico e cristão gnóstico e, como tal, adepto de uma arte simbólica, com o objectivo de ressuscitar o passado.

Castelos em ruínas, florestas sem saída, mansões com alas desertas e corredores escuros, criptas ocultas e subterrâneos húmidos, passagens secretas e portas interditas através das quais se adivinha a presença dos espíritos, são os ingredientes essenciais do cenário gótico que tão bem representado está na Quinta da Regaleira.



Fica aqui a minha sugestão para o fim de semana, eu fui e adorei.


3 comentários:

  1. eu amei mesmo! o espaço é lindo e reconfortante! boa sugestão

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  2. Saltinhos
    Ainda bem que gostaste, é um lugar maravilhoso.
    bjs

    Canela
    Ainda bem que gostaste, é um lugar "mágico".
    bjs

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